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CATARATA E PRESBIOPIA - INIMIGAS DA TERCEIRA IDADE

Esse escurecimento torna a visão cada vez mais desfocada. A definição da doença lembra que o olho humano pode ser comparado a uma câmera fotográfica: quando se tira uma fotografia, a lente em frente à câmera permite que a luz passe e foque no filme, e, no momento em que – inimigas da terceira idade a luz atinge o filme, a fotografia é tirada. O olho funciona da mesma maneira, com uma lente nítida que permite a passagem da luz, que, por sua vez, é focada pela córnea e pelo cristalino numa camada fina de tecido chamada de retina, que trabalha como o filme da câmera. Assim que a luz focada atinge a retina, a imagem é tirada e enviada para o cérebro.

As explicações são do médico Irineu Antunes. De acordo com ele, da mesma forma como uma lente suja desfoca a imagem, uma catarata evoluída desfocará a visão. “Quanto mais a catarata cresce e se intensifica no cristalino, mais sintomas irão se desenvolver. Esses sintomas incluem visão desfocada e escurecida, problemas com luz, cores que parecem desvanecer, e visão dupla ou múltipla, fraca visão noturna” explica o médico, complementando que a catarata é um embaçamento da lente dentro do olho causando uma redução da visão.

Antunes relata que felizmente a cirurgia para restaurar a visão é uma intervenção muito comum e segura. “A cirurgia de catarata exigia antigamente uma incisão bastante grande no olho. Hoje em dia, com os avanços tecnológicos, é possível que cirurgiões operem por meio de uma incisão muito menor do que antes”, relata. O oftalmologista ressalta ainda que a cirurgia de catarata com incisões pequenas tornou-se uma possibilidade a partir do uso de ondas sonoras conhecidas como ultrassom ou foco emulsificação.

O médico explica que esse procedimento ocorre através do lançamento de ondas sonoras que rompem a catarata em pequenos fragmentos, e que podem ser removidos através da pequena incisão. “Outro avanço tecnológico que tornou possível a operação de cataratas com incisões pequenas é o implante de lentes intraoculares dobráveis. Esses implantes são feitos com um material suave, que pode ser dobrado e enrolado com instrumento especial, permitindo que passem por incisões pequenas”, esclarece.

A partir do momento em que já estão dentro do olho, essas lentes se desdobram e voltam à sua forma original. A operação de cataratas com incisões pequenas é menos invasiva, permitindo que os pacientes voltem às atividades normais logo após a cirurgia e tenham uma recuperação mais rápida da visão. Hoje, esse tipo de cirurgia é denominada cirurgia refrativa de catarata, uma vez que automaticamente o procedimento corrige também a refração. “Por isso cirurgia refrativa, porque já corrige o grau. Uma pessoa que vem aqui com três graus de hipermetropia, um de astigmatismo, por exemplo, é possível corrigir. Você consegue resolver não só o problema da catarata, que é a visão embaçada, desfocada, mas também o aspecto refracional, o grau que a pessoa tinha antes de operar. A recuperação é quase que plena”, destaca Antunes.


Entenda melhor o funcionamento das lentes intraoculares

Conhecida como monofocal, como o próprio nome sugere, apresenta só um foco. “Você foca a imagem para longe, para quatro ou cinco metros para frente. Por outro lado, não vê nem perto, que seria a leitura, por exemplo, e médio, que é o computador, o painel do carro”, define o médico. Antunes prossegue a informação relatando que atualmente já existem as lentes que são trifocais, que permitem uma boa visão longe, médio e perto, além de melhorar as possibilidades para a leitura, na distância média de 40 centímetros da visão.

O médico explica que essa cirurgia também resolve a questão da presbiopia. “Uma lente é implantada e automaticamente corrige a catarata, o grau para longe, médio, ou perto. Em 97% dos casos as pessoas se tornam independentes dos óculos”, esclarece Antunes.

Hoje também já estão disponíveis novas lentes intraoculares multifocais denominadas pela sigla LIOS. Essas lentes podem reduzir a necessidade de óculos para leitura após a cirurgia de catarata. As lentes LIOS foram criadas para corrigir o problema da presbiopia, que faz com que as pessoas em seus quarenta e poucos anos comecem a perder a capacidade de ver ou ouvir de perto. “Antigamente um implante de lente intraocular era colocado dentro do olho durante a cirurgia de catarata ou substituição de lente. A nova lente implantada só podia ter seu foco fixo apenas numa distância. São as chamadas lentes intraoculares de implante de foco único que permitem que o olho veja de perto ou de longe, mas não ambos”, explica o oftalmologista.

As lentes intraoculares multifocais para inserção também são novidade mais recente nessas práticas cirúrgicas. Corrigem problemas de visão à distância ou de perto e ambos os objetivos podem estar em foco ao mesmo tempo. “Muita gente se acostuma logo às lentes intraoculares para implantes”, diz Antunes.

Conheça os diferentes tipos de catarata
 
Diferente do que muitos possam imaginar, a catarata pode se manifestar de diferentes formas. Conheça os tipos de catarata:
Côngenita: nesse caso, a criança já nasce com a doença proveniente de alguma enfermidade da mãe durante a gestação, no caso uma virose ou uma rubéola. 
Traumática: resultante de um trauma, uma batida, que pode acontecer em qualquer momento da vida, como resultante de acidentes, por exemplo. 
Infecciosa e inflamatória: ocorre quando a pessoa, a partir de uma inflamação ou infecção dentro do olho, desenvolve a catarata. Pessoas que tiveram problemas de retina e que foram submetidas a cirurgias dentro do olho, como vitrectomias, também podem desenvolver a catarata em poucos meses ou em alguns anos. 
Catarata senil: decorrente da idade, não é resultante de nenhuma doença. É a principal causa de cirurgias de catarata. Acomete geralmente pessoas acima dos 50 anos de idade. É válido lembrar que hoje a expectativa de vida é muito grande, podendo-se chegar a 80, 90 anos. “Vejo pessoas trabalhando com 90 anos. É lógico que, quanto mais a gente vive, maior a possibilidade de o cristalino ir perdendo a transparência, e a pessoa precisar de uma cirurgia de catarata”, relata Antunes. 
Evolução do procedimento – a cirurgia de catarata evoluiu consideravelmente nas últimas décadas. Tornou-se pouco agressiva, e hoje é uma cirurgia com uma incisão pequena, de 2,2 a 2,4 milímetros. “Normalmente em 90% dos casos é uma inserção valvular que não exige pontos. Devido à pouca agressividade cirúrgica, a recuperação funcional é muito rápida. Geralmente em poucos dias a pessoa está apta para voltar ao seu trabalho, práticas esportivas, a praticamente todas as atividades”, pondera Antunes.
 
Ele destaca ainda que o pós-operatório é tão importante quanto a cirurgia, com a necessidade do uso de colírios anti-inflamatórios e antibióticos, no entanto com resultados consideráveis. “Evoluiu tanto a cirurgia quanto a técnica cirúrgica. Os aparelhos usados para cirurgia se chamam facoemulsificadores: faco do latim lente e emulsificação, que é emulsificar via ultrassom essa lente. Através de uma incisão pequena, remove-se o cristalino e implanta-se uma lente. Na maioria dos casos, ocorre muita pouca agressão, a cirurgia e a recuperação são rápidas e os resultados ótimos. Os problemas são muito raros, incomuns”.

O que é presbiopia?

Presbiopia é a diminuição da capacidade de acomodação do cristalino. Na medida em que uma pessoa envelhece, o cristalino tende a ficar mais endurecido, o que faz com que a capacidade de acomodar o cristalino seja perdida. “Ele fica duro, então não foca a imagem que vem de perto. É o caso em que muitas pessoas dizem: o braço está ficando curto, tem que afastar. Nesse caso, mesmo uma pessoa que vê bem de longe precisa usar óculos para perto”, diz Antunes. No procedimento cirúrgico, o cristalino é removido e em seu lugar implantada uma lente trifocal.
 
O médico Pedro Paulo Fabri também destaca a lente flexível com proteínas transparentes que temos em nossos olhos. “Pode ser mais arredondado ou aplanado conforme a distância em que se vê. A lente funciona como uma câmera automática. Com o tempo as proteínas perdem a flexibilidade”, explica Fabri. De acordo com ele, essa perda de flexibilidade altera a forma da lente dificultando a visão de perto e se torna mais rígida, mais plana, fator que define a presbiopia. “Ou seja, quando perde o foco, a flexibilidade, surge a presbiopia”, complementa Fabri.
 
O oftalmologista explica ainda que, com o passar do tempo, essas proteínas começam a sofrer uma opacidade. “Isso faz com que a lente flexível fique mais opaca, fator que desenvolve a catarata. Da mesma maneira que o cabelo branco não é doença, a catarata não é uma doença do olho. Se não é doença, por que a necessidade de cirurgia? Enquanto o cristalino está transparente, a pessoa coloca os óculos e tem uma boa visão. Com a catarata, mesmo com os óculos a visão é ruim. Por isso, a cirurgia, para a retirada dessa lente”, elucida.

Graus Elevados

Segundo Fabri, a lente implantada no processo cirúrgico da catarata equivale a um óculos de 12 graus. “Antigamente era necessário o uso dos óculos de 12 graus. Por esse fator, a catarata é associada a pessoas mais velhas. O que mudou a história é que, a partir de 1980, com a retirada da catarata, passou a ser colocada uma lente de 12 graus. Ao retirar a lente opaca, é inserida uma lente artificial de 12 graus”, diz Fabri. O médico destaca que, com o tempo, essas lentes foram sendo aprimoradas e, a partir de 2000, passaram a ser bifocais, o que permite a visão de longe e de perto. Alguns anos depois, em 2011, surgiram as lentes trifocais, para visão de longe, intermediária e de perto.
 
“Hoje, com o avanço tecnológico, não há necessidade de esperar pela evolução da doença, e o paciente pode não necessitar de óculos” esclarece o médico, ressaltando que, com a retirada da catarata, a implantação da lente corrige sem a necessidade do uso de óculos. O que também contribui é que hoje evoluíram os métodos de diagnóstico. São aplicados testes que verificam a quantidade de queda na qualidade de visão. “Outro teste aplicado na identificação da catarata é o teste de sensibilidade e contraste. Os primeiros sinais do aparecimento da catarata são a dificuldade de identificar cores (geralmente ficam desfocadas). Outro sintoma é o espalhamento da luz”, define.
 
É válido lembrar que a presbiopia e a catarata aparecem independente de cuidados. O médico alerta para que não se confunda o pterígio (espessamento vascularizado da conjuntiva, de forma triangular, que se estende do ângulo interno do olho na direção da córnea) com a catarata. “São situações completamente diferentes. O pterígio volta, a catarata não. Por isso, muitas pessoas confundem e acham que a catarata volta, o que não é uma informação verdadeira”, relata Fabri.
 
Outra informação importante refere-se ao fato de que a presbiopia e a catarata podem aparecer mais cedo em pessoas com doenças sistêmicas, diabéticos, pessoas que tomam corticoides. “Uma das formas de prevenir ou adiar os problemas é procurar evitar a exposição em excesso a raios ultra violeta. Alguns fatores ambientais podem antecipar e, para prevenir, não existe colírio ou outro remédio”, alerta Fabri. Ele define que as situações são provenientes de um desgaste natural que acaba acometendo muitas pessoas com o passar do tempo.

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