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Prevenir, um excelente remédio contra o câncer

Você sabia que cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis? O dado, do Instituto Nacional do Câncer (Inca), órgão auxiliar do Ministério da Saúde nas ações integradas para a prevenção e o controle do câncer no país, mostra que praticar atividade física, alimentar-se de forma balanceada, manter o peso corporal adequado, principalmente na pós-menopausa, e evitar o consumo de bebidas alcoólicas e cigarro são condutas que têm relação direta com a redução dos riscos de desenvolvimento da doença.
 
Uma caminhada de ao menos 30 minutos por dia, cinco dias por semana, também teria sido suficiente para evitar a morte de 2.075 mulheres, apenas em 2015, aproximadamente 12% do total naquele ano. É o que consta em artigo científico divulgado pela revista Nature, em outubro de 2018, Intitulado “Mortality and years of life lost due to breast cancer attributable to physical inactivity in the Brazilian female population (1990–2015)”.
 
O estudo, que contou com a participação do Ministério da Saúde, de universidades brasileiras e do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde (IHME) da Universidade de Washington, demonstrou que um dos fatores que causam o câncer de mama é o excesso de estrogênio, que pode levar à formação de mutações e carcinogênese, estimulando a produção de radicais. Concluiu-se que a atividade física reduz o estradiol e aumenta a globulina de ligação a hormonas sexuais, provocando a redução de circulantes inflamatórios e o crescimento das substâncias anti-inflamatórias. A mesma pesquisa apontou que 6,5% dos óbitos por câncer de mama são atribuídos ao uso de álcool, índice alto de massa corporal e uma dieta rica em açúcar.
 
O câncer de mama é o segundo mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, representando 25% dos tumores malignos detectados anualmente no Brasil. Em 2018, foram 59,7 mil novos casos. Na região Sul, são 73,07 a cada 100 mil mulheres. Em Curitiba, esse número sobe para 82,33.
 
Segundo a Dra. Iris Rabinovich, professora do Departamento de Tocoginecologia da Universidade Federal do Paraná e vice presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional Paraná, a prevenção primária do câncer de mama está relacionada ao controle dos fatores de riscos conhecidos e modificáveis e ao estímulo de ações e comportamentos considerados protetores, como a amamentação, que proporciona, a cada 12 meses da prática, uma redução de 4,3% no risco relativo. Isso não significa, entretanto, que a mulher que não amamentou terá a doença, apenas que não tem esse fator de proteção. O mesmo princípio se aplica a outras condições protetoras, como ter tido o primeiro filho antes dos 30 anos. Mas, ela afirma que o câncer de mama é multifatorial, ou seja, vários fatores podem influenciar. “Então, além dessa prevenção, nós precisamos do rastreamento para um diagnóstico precoce, que pode proporcionar uma cura de 90% a 95%, cirurgia menos invasiva e menor necessidade de tratamentos complementares, ajudando no bem-estar da mulher”, afirma.
 
Entre os fatores de risco não modificáveis estão o aumento da idade, alta densidade mamária, menarca precoce, menopausa tardia, além do histórico familiar. “Neste último, a abordagem é diferente, pois vai depender de quantos casos ocorreram na família, a idade que tinha o parente quando desenvolveu a doença e o grau de parentesco. Quando se estabelece que existe um risco maior, é feita uma investigação genética e exames mais apropriados, como a ressonância magnética”, diz.
 
Toda mulher também deve ser estimulada, independentemente da idade, a conhecer seu corpo. “Nós incentivamos na população o que chamamos de autoconhecimento, ou seja, a mulher se examinar uma vez por mês, depois do período menstrual. Quando ela já está na menopausa, será numa data fixa, também mensalmente. O objetivo do autoexame é que ela entenda o que é a sua mama normal porque, sabendo disso, reconhecerá quando tiver algo diferente. Mas, não pode ser a única medida”, alerta a Dra. Iris, pois a sensibilidade será maior quando o tumor já tem pelo menos dois centímetros, o que resultará em diagnóstico não tão precoce.
 
São igualmente de grande importância o exame clínico com o ginecologista ou mastologista e os métodos de imagem (mamografia e ultrassonografia da mama, indicada em alguns casos complementarmente). “Nós temos que trabalhar com qualidade de vida, redução dos fatores de risco, o autoconhecimento mamário, que seria o autoexame, o exame clínico e o rastreamento, por meio da mamografia. Uma coisa se soma à outra”, destaca.

Mamografia a partir dos 40
A Sociedade Brasileira de Mastologia defende a realização de mamografia anual a partir dos 40 anos até os 75, pelo menos. A presidente da regional acrescenta que há uma luta intensa pela instituição desse marco de tempo no país. O Ministério da Saúde preconiza o exame bianual, dos 50 aos 69 anos. Ela ressalta, porém, que estudos já realizados mostram ser alta a incidência de câncer de mama nas mulheres brasileiras de 40 a 50 anos, justificando plenamente a realização anual já nesse período. “Isso é muito relevante para a saúde pública”, pontua. Outras entidades médicas, como o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), têm o mesmo posicionamento.
 
Pesquisa divulgada no último mês de novembro envolvendo 2.950 mulheres que descobriram o tumor entre janeiro de 2016 e março de 2018 indica que 43% delas tinham idade inferior a 50 anos no momento do diagnóstico, ratificando o e n te n d i m e n to da SBM. Das que tinham menos de 40 anos, 36,9% estavam no estágio 3 de doença, considerado localmente avançado. O levantamento, em 22 centros de saúde localizados em nove estados, foi realizado pelo Grupo Latino-Americano de Oncologia Cooperativa, uma organização não governamental que reúne 147 pesquisadores de 70 instituições, em conjunto com o Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama e apoio do Instituto Avon. O trabalho foi nomeado Amazona III e as participantes serão acompanhadas até 2021.

14,2% das mulheres brasileiras são sedentárias

Dados da última Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2018), divulgados em julho de 2019, apontam que 14,2% das mulheres brasileiras são sedentárias e que a prevalência da obesidade voltou a crescer no Brasil. Nos últimos anos, o aumento neste quesito foi de 67,8%: de 11,8% em 2006, para 19,8% em 2018.
 
O levantamento informa que mais da metade da população brasileira tem excesso de peso, 55,7%, um aumento de 30,8% em comparação a 2006, quando o percentual era de 42,6%. A maior prevalência foi entre as faixas etárias de 18 a 24 anos, com 55,7%. Quando verificado o sexo, o índice cresceu 21,7% entre os homens e significativos 40% entre as mulheres. Isso se deve, na avaliação do Ministério da Saúde, ao alto consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em gordura e açúcar.
 
Positivamente, o estudo revela que houve uma redução de 53,4% da ingestão regular de refrigerante e suco artificial entre os adultos, sendo mais expressiva na população de 55 a 64 anos. Também cresceu 15,5% o consumo de frutas e hortaliças em comparação a 2008, sendo mais frequente entre as mulheres (27,2%) do que entre homens (18,4%). Apesar do crescimento, apenas 23,1% dos brasileiros, um entre quatro adultos, consomem a quantidade recomendada pela Organização Mundial da Saúde, cinco porções diárias pelo menos cinco vezes por semana.

Comece hoje mesmo a mudar sua rotina
 
A atividade física deve fazer parte de sua rotina, pois promove o equilíbrio nos níveis de hormônios, reduz o tempo de trânsito gastrointestinal, fortalece as defesas do corpo e ajuda a manter o peso corporal. Comece por aquela que lhe dê mais prazer, como caminhar, dançar, nadar ou andar de bicicleta.
 
A sugestão é de que também substitua algumas práticas. Subir pela escada em vez de usar elevador é uma delas. Organize momentos em família ou com amigos, ao ar livre ou em praças, para alguma atividade física, aliando com diversão. Ainda que sejam ótimas opções, não são necessárias modalidades sistematizadas ou que exijam a contratação de profissionais especializados ou ida a academias.
 
O recomendado é pelo menos 30 minutos por dia, mas, mesmo quando realizada por menos tempo, a atividade física só traz benefícios. Então, ponha limite nos seus hábitos sedentários, como assistir televisão e usar por muito tempo o celular, e mexa-se. Quanto mais se movimenta o corpo, maior a proteção contra o câncer.

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