O termo menopausa significa a última menstruação. Como explica o Dr. Gilmar Alves do Nascimento, especialista em Ginecologia e Obstetrícia, é o evento marcante do climatério, período que tem início com o declínio progressivo da atividade gonadal da mulher, ou seja, os ovários param de produzir os hormônios do ciclo menstrual, o estrogênio e a progesterona, marcando a transição entre o ciclo reprodutivo e o não reprodutivo.
“Constitui o único ponto de referência durante o climatério que pode ser determinado com exatidão, ocorrendo entre os 45 e 55 anos de idade”, esclarece. Ele acrescenta que antes vem a perimenopausa, caracterizada por ciclos menstruais irregulares, acompanhados ou não de manifestações vasomotoras, como calores, fogachos e suores noturnos, que termina 12 meses após a menopausa. Depois, estendendo-se até os 65 anos, tem início a pós-menopausa.
A menopausa é um evento fisiológico e normal da vida das mulheres, mas muitas delas sofrem com alterações no organismo, que causam diversos sintomas, entre eles tonturas, palpitações, distúrbios do sono, depressão, irritabilidade e redução da libido, além dos já citados suores noturnos e ondas de calor, entre outros. Por isso, o acompanhamento de um ginecologista nessa fase é de grande importância para que recebam a orientação correta para o alívio desses desconfortos.
O Dr. Gilmar salienta que o tratamento é individualizado, para que se preste atenção a cada detalhe, cada sintoma que se faça referência, pois é um momento em que a mulher em geral sente-se fragilizada. “A meu ver, é um desafio e também uma satisfação profissional, pois, além de exigir conhecimento, necessita de um bom relacionamento médico-paciente, que, na maioria das vezes, vem se ampliando ao longo dos anos”, afirma. Ele informa que, atualmente, existe uma grande variedade de recursos, tanto para diagnósticos adequados quanto condutas, como o uso de medicamentos. “É um tratamento multidisciplinar, mas o mais importante, a busca maior, é a qualidade de vida”, ressalta, lembrando que a linha a ser adotada será definida sempre por meio do diálogo com a paciente.
Para essa condição de bem-estar, algumas dicas podem fazer muita diferença no dia a dia. A atividade física é uma delas, trazendo grande benefício para a mulher nesse período, principalmente os exercícios aeróbicos e de fortalecimento da musculatura. Também deve-se conversar com o médico sobre o consumo diário de cálcio e procurar exercitar o cérebro com jogos de raciocínio e palavras cruzadas, o que ajuda a diminuir o risco de perda de memória na pós-menopausa. Adquirir bons hábitos de sono é fundamental, uma vez que a falta dele pode colaborar para a confusão mental e baixa libido, além de manter o peso adequado e uma alimentação saudável, rica em legumes, verduras e frutas.
Como é uma fase em que o crescimento e o desenvolvimento orgânico já se efetivaram, a alimentação estimulará e manterá o funcionamento adequado dos diversos órgãos e sistemas. O consumo inadequado de alimentos, é importante ressaltar, pode contribuir para a osteoporose, por exemplo. E o consumo em excesso pode comprometer a saúde com o surgimento da obesidade, que é uma doença crônica e pode aumentar os riscos para o desenvolvimento de hipertensão arterial e diabetes mellitus, entre outros males.
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