Doença que afeta a mácula, região central da retina, é considerada hoje uma das principais responsáveis pela perda de visão em pacientes acima de 60 anos. Estamos falando da doença macular relacionada à idade (DMRI). “É uma doença sobre a qual existe muita pesquisa, muito interesse no tratamento. Apresenta-se de duas maneiras: seca e úmida”, explica o médico oftalmologista Luiz Eduardo Marques. Segundo ele, a seca é a mais comum e não se manifesta com muita gravidade na maioria dos casos, não ocasionando uma degeneração considerável. “O paciente perde um pouco da visão, mas não é uma perda significativa. Mas alguns pacientes têm a DMRI seca que evolui para uma atrofia da retina, o que pode ocasionar uma perda visual severa”, alerta Marques.
Por outro lado, a degeneração conhecida como úmida é muito mais agressiva. Conforme explica o especialista, é uma doença que, se não for tratada, controlada com as medicações adequadas, evolui para uma perda visual severa. “O paciente não consegue mais ler, não consegue mais ver detalhes e surge uma mancha bem no centro do olho”. A DMRI úmida atinge principalmente a visão central e precisa do acompanhamento adequado do oftalmologista. Marques explica que a principal causa para o início das degenerações é uma falta de oxigênio que resulta no surgimento de uma pequena membrana que começa a extravasar líquido, fluído e sangue. “A região central da retina começa a ficar inchada, mas principalmente por um fluido que fica ali acumulado e começa a interferir na visão.
Acomete Idosos e falta do tratamento pode causar perda da visão
Como o próprio nome estabelece, a degeneração é relacionada à idade. “É muito difícil que um paciente tenha antes dos 55 anos esse diagnóstico de degeneração macular”, afirma Marques, complementando se tratar de uma doença multifatorial. “Vários fatores contribuem para que ela apareça: genéticos (descendência europeia, por exemplo, é fator de risco), alguém na família já ter a doença, hábitos de vida, fumantes, pressão arterial descontrolada, colesterol descontrolado, e toda a parte vascular tem uma relação direta. Quem tem algum problema vascular tem uma chance maior de desenvolver alguma degeneração macular”, destaca Marques. O oftalmologista explica que, independente de o fator ser genético, o principal método preventivo é realizado por meio de hábitos de vida, como o controle do colesterol, pressão arterial e a manutenção de uma alimentação saudável.
Evolução da doença ocasiona distorções e manchas
Marques explica que, com o desenvolvimento da doença, o paciente tem distorções e manchas na visão. “Principalmente quem tem mais de 50 anos e histórico familiar da doença precisa ser avaliado por um especialista em retina”, diz o médico. Quanto ao tratamento, ainda não temos um eficaz para isso. “Precisamos acompanhar esse paciente de 6 meses a 1 ano. No caso do paciente de degeneração seca, o acompanhamento é fundamental pela chance de evoluir para a úmida”.
Conforme explica o médico, os tratamentos para a DMRI úmida não curam, mas é possível controlar a doença. “Ocorre progressão em até 90% dos casos, e há uma melhora visual de aproximadamente 50%. Consegue-se controlar dependendo do estágio em que está a doença. Porém, é um tratamento a longo prazo, mas a intenção é manter a visão e não deixar que a doença progrida”, elucida o médico.
O tratamento da DMRI é feito por meio de aplicações de medicações intraoculares. Marques explica se tratar de um procedimento ambulatorial que pode ou é realizado em centro cirúrgico, mas não chega a ser uma cirurgia. “É uma micro-aplicação dessa medicação e existe uma frequência que precisa ser feita. Vamos precisar de uma média de seis aplicações por ano nos primeiros anos. Frequentemente o paciente deverá fazer exames e as aplicações dos medicamentos”, diz o oftalmologista.
Uma metodologia receitada por alguns médicos consiste na combinação de vitaminas e minerais. Denominada de fórmula AREDS, essa combinação apresentou um pequeno benefício para prevenir que a DMRI evolua para a forma mais avançada da doença. “Pessoas que tomaram esse complexo vitamínico tiveram uma pequena redução no processo evolutivo da doença. Alguns colegas ainda prescrevem vitaminas, que não chega a ser um tratamento muito eficaz, mas é o que existe para degeneração seca. Antes tratar do que não tratar. É uma alternativa que serve como uma precaução, ainda que pouco eficaz, para que a doença não evolua”, opina Marques.
Conheça as principais formas de prevenção
Hábitos saudáveis, prevenção ao sol, raios ultravioleta ligados à lesão de retina, um bom óculos que bloqueie esses raios. Esses são alguns hábitos citados pelo Dr. Luiz Eduardo Marques para prevenir a DMRI, além de sempre fazer o exame de fundo de olho. O médico alerta que pessoas que têm alto risco por questões genéticas, ou apresentam visão distorcida ou mancha na visão, precisam buscar um oftalmologista para exames mais detalhados que possam definir o diagnóstico e, se confirmada a doença, iniciar o tratamento adequado.
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