A importância das ultrassonografias e o número de consultas
Conhecido como pré-natal, o acompanhamento médico durante a gravidez tem papel fundamental na saúde da mãe e do bebê. E na gangorra emocional que acompanha a chegada de um filho, essa assistência vai muito além dos exames clínicos e laboratoriais necessários, sanando inseguranças e dúvidas sobre as alterações no corpo materno, o desenvolvimento do feto, a preparação para o parto e os cuidados no pós-parto, período denominado de puerpério. Mas, diferentemente do que acreditam muitas mulheres, o pré-natal deve começar antes mesmo da concepção.
Segundo o Dr. Antônio Caetano de Paula, especialista em Ginecologia e Obstetrícia, a recomendação é de que o pré-natal tenha início assim que houver o desejo de engravidar. Neste período pré-concepcional, numa primeira consulta, é feita a avaliação clínica e laboratorial da mulher e o casal é orientado quanto à gestação, esclarecendo seus questionamentos. O conhecimento do histórico médico pode prever possíveis complicações durante a gravidez, garantindo que ocorra da forma mais segura e tranquila, além de outros benefícios, como a prescrição, já nessa fase, do uso de ácido fólico, que previne malformações do sistema nervoso central do bebê.
Com tudo em ordem, é hora de engravidar. O Dr. Antônio Caetano conta que após o exame da gonadotrofina coriônica humana, conhecido como Beta HCG, revelar que há gestação, é solicitada uma avaliação ultrassonográfica, que confirmará a presença de embrião, ou de embriões, sua vitalidade e integridade.
Também são pedidos exames laboratoriais para a análise do estado de saúde da paciente e a existência ou não de anormalidades ou doenças infectocontagiosas. Comumente, informa, são o hemograma, glicemia, creatinina, TSH, sorologias para citomegalovírus, hepatite B e C, HIV, rubéola, sífilis, toxoplasmose que devem ser observadas, pois podem levar a sequelas para o bebê, além de tipagem sanguínea e fator Rh, parcial de urina, urocultura e parasitológico de fezes.
Ele acrescenta que, nas consultas do pré-natal, o médico ouve as queixas e dúvidas da futura mãe, avalia o ganho ponderal, o crescimento uterino, pressão arterial, se existe edema ou não, e a necessidade de exames complementares, orientando sobre o período gestatório em que se encontra. “Dessa maneira, tentamos minimizar a possibilidade de transtornos que coloquem em risco o binômio materno-fetal”, pontua.
Acompanhamento de alto risco
Como a gravidez é um estado especial, o acompanhamento também pode ser de alto risco. Nessa classificação, de acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), se enquadram gestantes com doenças crônicas prévias, como diabetes e lúpus, ou psiquiátricas, neurológicas, cardíacas, e com infecções, a exemplo da hepatite. Integram, ainda, esse grupo as mulheres que já tiveram uma gestação anterior de alto risco e aquelas que, ao longo do período da gravidez, desenvolvam uma condição que ofereça risco a ela e ao bebê.
É o caso da pré-eclâmpsia, que pode surgir especialmente no terceiro trimestre e evoluir para eclâmpsia. O que é e por que merece cuidados? O Dr. Antônio Caetano explica que é a pressão arterial elevada acompanhada de outros sintomas. “Pode ser uma hipertensão prévia ou surgir durante a gestação. E denomina-se pré-clâmpsia quando há presença da proteinúria, que é a perda de proteína pela urina, cefaleia, borramento de visão, dor abdominal ou com alteração de enzimas hepáticas e plaquetopenia, caracterizada pelo nível excepcionalmente baixo de plaquetas no sangue”, esclarece. Na eclâmpsia, podem ocorrer convulsão, sangramento vaginal e coma.
Ele acrescenta que a hipertensão é a mais comum das complicações clínicas no período gestacional, atingindo de 7% a 10% das mulheres. Constitui-se na principal causa de morbimortalidade materna e fetal. “É preocupante porque expõe a mãe e o bebê a riscos”, diz. E, por isso deve ser assistida de perto. Cita, ainda, o pré-natal para gestantes diabéticas, alertando que deve ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar.
A assistência médica permitirá, em todos os casos, o tratamento adequado. Portanto, um pré-natal bem feito, e com início o mais cedo possível, é determinante para garantir a saúde e a segurança da mãe, o bom desenvolvimento do bebê e, consequentemente, as melhores possibilidades de um final feliz.
Testes também para os homens
Em 2016, o Ministério da Saúde lançou um Guia do Pré-Natal do Parceiro, recomendando exames e testes também para os homens. A ideia era integrá-los a esse universo, com seus compromissos, deveres e aprendizados. Também seria uma estratégia para aproximá-los da medicina preventiva, já que, em geral, não costumam ir ao médico.
Para o Dr. Antônio Caetano de Paula, todas as iniciativas que estimulam a medicina preventiva são extremamente importantes. Ele diz que essas práticas já vêm sendo adotadas tanto no âmbito do SUS quanto na saúde suplementar. “Com a participação do parceiro, a gestante também consegue ficar mais tranquila e o pré-natal transcorre sem muitas intercorrências. Além disso, num mundo cada vez mais voltado à individualidade, esta aproximação estimula a convivência familiar”, conclui.
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